terça-feira, 3 de abril de 2018

Curiosidades à volta da SATA

Foto by Aníbal C. Pires (2016)
Não tenho informação que me permita confirmar o valor que hoje veio a público (mais de 3 milhões e 500 mil euros) relativo ao custo do contrato entre a SATA e a Hi Fly para que esta última assegure os compromissos operacionais e comerciais da primeira, no Verão IATA 2018. Mas sei que ao valor inicial, seja ele qual for, será acrescido, tal como aconteceu em 2017, de mais algumas centenas, ou mesmo milhões de euros, pelas necessidades não previstas que resultam dos imponderáveis de uma qualquer operação aérea, no caso vertente com um risco mais elevado devido às caraterísticas (dimensão e disfunções organizacionais) da SATA.

Apenas por curiosidade, o valor divulgado por um dos sindicatos dos trabalhadores da SATA é semelhante ao valor base da alienação de 49% do capital social da Azores Airlines.

Foto by Aníbal C. Pires

Curioso é também o silêncio que paira, o silêncio e o segredo constituem a alma do negócio, sobre a divulgação das Manifestações de Interesse, Fase I, para a aquisição dos tais 49% da Azores Airlines, que teria de ser feita até ao dia 16 de Março, segundo o respetivo caderno de encargos.

Diz-se por aí que a passagem à Fase II deste processo, Propostas Vinculativas, está atrasada em virtude do elevado número de Manifestações de Interesse, ou seja, a SATA e a Comissão de Acompanhamento ainda não conseguiram, tal foi o número de Manifestações de Interesse, avaliar e validar todas as propostas. Estará aqui a justificação, plausível, para que ainda não seja do domínio público quais as candidaturas que passaram à segunda fase do processo.

Aguardemos pelas surpresas que por aí virão, tendo eu a ideia que o parceiro desejado por alguns pilotos e tripulantes de cabine (e não são poucos) não vai aparecer. Esperando para ver.

Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 03 de Abril de 2018

Sem comentários: